Após o humor despencar em 2017 em relação ao Brasil e mostrar alguma recuperação no ano passado, executivos melhoraram suas percepções em relação à retomada econômica do País nos próximos 12 meses, conforme uma pesquisa da PwC divulgada ontem (21), em Davos.
Na 22ª Pesquisa Global com os CEOs da PwC, 43% dos entrevistados brasileiros projetaram crescimento de suas empresas em 2019. O otimismo dos profissionais domésticos supera a média global e é maior do que os 39% registrados um ano antes.
A melhora, no entanto, está muito longe de ser empolgante. No levantamento geral, realizado com 1.378 CEOs de 91 países dos cinco continentes, de setembro a outubro passado, o Brasil é apontado como o sexto destino potencial para novos investimentos no curto prazo. A sondagem identificou que, em um momento de muitas incertezas globais, os profissionais estão preferindo focar as atividades – e o dinheiro – em seus próprios países.
Os entrevistados foram solicitados a identificar os três mercados mais atraentes para investimento fora de seu território, e uma fatia nada desprezível, de 15%, respondeu “não saber” – no levantamento anterior era uma parcela de apenas 8%. Esse não comprometimento dos líderes ficou na terceira posição, atrás de Estados Unidos (27%) e China (24%).
Na terceira posição entre os países está a Alemanha, que passou de 20% para 13%, e, na quinta, a Índia, de 9% para 8%. Antes de qualquer outro país, figurou “nenhum outro território”, que disparou de 1% para 8% de 2018 para 2019, revelando que esses CEOs não conseguiram nomear três países separadamente além do lugar onde atuam.
O Reino Unido, por sua vez, passou de 15% para 8% e o Brasil, de 7% para 6%, exatamente como ocorreu com a França. “Apesar da retração econômica dos últimos anos, a pesquisa mostra que o Brasil segue em destaque no cenário global: o País ocupa o sexto lugar entre os mais citados pelos CEOs globais como possíveis focos de investimentos ao longo de 2019, atrás de EUA, China, Alemanha, Índia e Reino Unido”, considerou a PwC (AE).