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Economia 22/01/2019

em Economia
segunda-feira, 21 de janeiro de 2019
Pais temporario

Pais se organizam para gastar menos com material escolar

Grupos de WhatsApp e feiras de troca ajudam mães, pais e responsáveis a economizar na compra do material escolar.

Pais temporario

Gastos com material escolar podem ser reduzidos mediante mobilização em redes sociais. Foto: Arquivo/ABr

Com itens cada vez mais caros, famílias recorrem a ajuda de outros pais para completar a lista. A comerciante Kátia Rodrigues, 53 anos, criou quatro grupos no WhatsApp, dois para compra e venda de livros, um para uniformes escolares e um para compra de materiais de papelaria.

A poucos dias para o início das aulas, ela finaliza as compras: “Estou indo agora na papelaria, onde conseguimos desconto, e depois vou à casa de uma mãe, para buscar o uniforme que comprei”, disse. Além dos grupos no WhatsApp, ela já organizou duas feiras de troca em Brasília. “As pessoas levavam cangas e colocavam os materiais ali”. Neste ano, ela reuniu um grupo de pais e conquistou para o coletivo um desconto de 6% em uma das papelarias da cidade.

A engenheira Nandeir Viana, 49 anos, também é uma das integrantes de grupos de trocas no WhatsApp. Este ano, ela arrecadou R$ 675 com livros usados pelas filhas em anos anteriores. Dinheiro que ajudou a pagar os quase R$ 5 mil que gastou com os livros didáticos das duas filhas, Aline, 11 anos, e Amanda, 14 anos, para este ano.

Nadeir conta que doou, vendeu e trocou livros em grupos e feiras. “Tem livro que comecei vendendo por R$ 60, depois passou para R$ 50. Agora já estou aceitando R$ 10. Vendi muito livro paradidático no troca-troca. O preço padrão nos grupos é de R$ 20, mas a gente faz descontos, vende três por R$ 50”, explicou.

De acordo com a Associação Brasileira de Fabricantes e Importadores de Artigos Escolares (Abfiae), em geral, o material escolar está 8% mais caro que no ano passado. Esse aumento é puxado principalmente por artigos importados como mochilas e estojos, que estão, em média, 10% mais caros. Cadernos e outros produtos de papel, aumentaram entre 6% e 8%.

Segundo o presidente da Abfiae, Sidnei Bergamaschi, os aumentos se deram principalmente pela variação do dólar e pela alta no preço da matéria-prima do papel. “Uma dica importante é estar atento à qualidade do material. Muitos produtos, muitas categorias possuem certificação obrigatória do Inmetro. O material tem que durar todo o ano. No início do ano, um produto pode parecer mais caro que outro, mas vai durar o ano inteiro, sem precisar comprar um novo”, opinou (ABr).

Com leve desaceleração economia da China cresceu 6,6%

Com leve temporario

Yuan, moeda oficial chinesa. Foto:  Banco Popular da China

A economia da China encerrou 2018 com crescimento de 6,6%, acima da meta oficial de 6,5%, segundo dados do Departamento Nacional de Estatísticas (NBS), mas com uma leve desaleração. O crescimento no
quarto trimestre ficou em 6,4%, abaixo dos 6,5% vistos no terceiro trimestre, mostraram dados do NBS. A produção industrial subiu 6,2%, 0,4 ponto percentual menor do que no ano anterior. O emprego permaneceu estável, com mais de 13 milhões de empregos criados em áreas urbanas no ano passado, e a taxa de desemprego urbana pesquisada ficou em 4,9% em dezembro.

O chefe do departamento, Ning Jizhe, disse que a economia do país teve desempenho dentro de um intervalo razoável em 2018 com o crescimento econômico estável e melhora. De acordo com o técnico, o crescimento chinês contribuiu com quase 30% no âmbito econômico mundial, pois a economia do país continua sendo a maior contribuinte no cenário mundial.
Em uma base trimestral, a economia cresceu 1,5% no quarto trimestre, um nível abaixo do aumento de 1,6% registrado no terceiro trimestre.

O PIB totalizou cerca de US$ 13,28 trilhões em 2018, com o setor de serviços respondendo por mais da metade do total. A China busca mudar sua economia para um modelo de crescimento baseado na demanda doméstica. O consumo é o principal impulsionador, contribuindo com 76,2% para o crescimento do PIB no ano passado. As vendas no varejo, uma medida principal de consumo, aumentaram 9% em relação ao ano anterior.

Para Ning Jizhe, a China pode enfrentar um ambiente externo mais complexo para o desenvolvimento em 2019. Porém, segundo ele, o país tem base sólidas e condições para enfrentar, mantendo o crescimento econômico dentro de uma faixa razoável, garantindo desenvolvimento econômico sustentável e saudável. O especialista enfatizou que há perspectivas de condições favoráveis ??para o desenvolvimento, incluindo oportunidades trazidas por mudanças na situação doméstica e global e o aumento do mercado consumidor (ABr).

Mercado prevê inflação de 4,01% e alta de 2,53% no PIB

Agência Brasil

A inflação, calculada pelo IPCA, deve ficar em 4,01% este ano. Essa é a previsão de instituições financeiras consultadas pelo Banco Central (BC) todas as semanas sobre os principais indicadores econômicos. A estimativa segue abaixo da meta de inflação (4,25%), com intervalo de tolerância entre 2,75% e 5,75%, este ano. Para 2020, a projeção para o IPCA segue em 4%, há 81 semanas seguidas. Para 2021 e 2022, a estimativa permanece em 3,75%.

A meta de inflação é 4%, em 2020, e 3,75%, em 2021, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para os dois anos (2,5% a 5,5% e 2,25% a 5,25%, respectivamente). O BC usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 6,5% ao ano, para alcançar a meta da taxa inflacionária. De acordo com o mercado financeiro, a Selic deve encerrar 2019 em 7% ao ano e continuar a subir em 2020, encerrando o período em 8% ao ano, permanecendo nesse patamar em 2021 e 2022.

O Copom aumenta a Selic para conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Quando o Copom diminui a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação. A manutenção da taxa básica de juros indica que o Copom considera as alterações anteriores suficientes para chegar à meta de inflação.

O mercado financeiro reduziu a projeção para o crescimento da economia, este ano. A projeção para a expansão do PIB foi ajustada de 2,57% para 2,53%. Para o próximo ano, a expectativa subiu de 2,50% para 2,60%. Em 2021 e 2022, a projeção segue em 2,50%. A previsão do mercado financeiro para a cotação do dólar caiu de R$ 3,80 para R$ 3,75 no final deste ano. Para 2020, a previsão passou de R$ 3,80 para R$ 3,78.

Ghosn disposto a aceitar qualquer condição para obter fiança

Agência Brasil

O ex-presidente do conselho da Nissan, Carlos Ghosn, afirmou que está disposto a aceitar toda e qualquer condições para obter libertação sob fiança.
A declaração foi divulgada por meio de um porta-voz da família, dois dias depois de seus advogados terem apresentado um segundo pedido de libertação sob fiança à Corte do distrito de Tóquio. O executivo está detido há mais de 60 dias por suspeita de irregularidades financeiras.

Ghosn anunciou que vai morar residir no Japão e respeitar todas e quaisquer condições de libertação sob fiança que a corte julgar
necessárias. Reafirmou que não é culpado das acusações que pesam contra ele e disse que aguarda a oportunidade de se defender nos tribunais.

O porta-voz declarou que a família de Ghosn já alugou uma propriedade no Japão, em preparação para sua libertação. A imprensa americana informou que Ghosn está disposto a usar um aparelho de rastreamento e deixar suas ações da Nissan como pagamento de fiança.