Benedicto Ismael Camargo Dutra (*)
Vivemos a era da incerteza porque há falta de boa vontade. Com boa vontade tudo se resolve. Temos de definir propósitos e olhar atentamente onde pisamos.
Que mal há no nacionalismo quando entendido como a salvaguarda dos interesses e exaltação dos valores nacionais, o resguardo das próprias fronteiras contra interesses estranhos? É o sentimento de pertencer a um grupo por vínculos raciais, linguísticos e históricos que reivindica o direito de formar uma nação autônoma. Qual é o problema?
Os governantes têm de se voltar para o interior de suas fronteiras, pois é lá que está a gente que habita o país. Se deixar que a globalização decida, essa gente não passará de meros números que são agrupados e uniformizados, permitindo que tudo o que o país representa vá desaparecendo, cedendo lugar a uma padronização que irá “emburrecer” os cidadãos que perderão a esperança e a iniciativa; seria como construir um país de robôs.
A qualidade de vida depende da boa formação das novas gerações no padrão adaptado à geografia local. De que vale um celular de última geração se não há renda para adquiri-lo? Isso é o que diferencia um povo livre de um povo escravo. Há vários livros que abordam a flagrante tragédia do aumento da miséria no planeta Terra. O grande perigo é que eles mostram os efeitos, mas não a causa da decadência da humanidade que quis criar leis próprias sem observar as leis da Criação.
Quando os seres humanos buscarem o conhecimento dessas leis e as respeitarem, o viver tenderá ao paradisíaco, sem as ideologias de medo e ódio que encobrem cobiças. A escola tem por obrigação primeira alfabetizar, complementar o aprendizado para falar, ler e escrever de forma lúcida. Mostrar as belezas da natureza e sua lógica. É importante o ensino da história real da humanidade e sua trajetória ao longo dos milênios.
Mas foram introduzidas tantas mentiras, tantos falsos idealismos distantes da Verdade e da finalidade da vida que a escola não tem formado os legítimos seres humanos, cidadãos do bem, zeladores da ética e da moral. Essa é a escola verdadeira que requer leis que a garantam para que a humanidade tenha futuro humano.
Se recebemos as florestas, também somos responsáveis pelo seu manuseio e conservação. Temos de inibir a ignorância, saber usar, progredir e expulsar estrangeiros que só provocam destruição para assegurar os seus ganhos. O Brasil tem de estar preparado. Necessitamos de faculdades que formem cidadãos aptos a aproveitar os recursos das florestas sem agredi-las.
Necessitamos formar gerações aptas a desenvolver o seu potencial criativo. Que tenham capacitação para uma convivência pacífica e qualidades para enfrentar os grandes desafios da vida, sem transformar o planeta num deserto inóspito e desumano. Basta de governos sem cautela, que deixam a dívida capitalizar mais de um trilhão em juros e perdas em cinco anos, mas que depois levam o mercado a agir com reservas.
Não há milagres, o buraco é grande, a sangria foi desatada. O que os especialistas recomendariam para despertar a economia brasileira dopada com câmbio valorizado, juros elevados e descaso com a educação para o século 21? Há uma nova esperança no ar, mas expectativas podem se esvaziar, pois há muita má vontade e orgulho ferido.
Vamos esperar que as mamatas acabem; o fato é que o Brasil tem sido governado por incompetentes oportunistas que nunca pensaram no bem real do país e de sua população. Décadas de estragos e mentiras não se consertam em um dia. A equipe de governo tem de estar afinada na conquista da melhora geral, sem personalismos. Temos de estar atentos à forma como estamos erigindo a nossa forma de viver. Até onde os humanos podem chegar com a sua decadência?
Só com muita energia e coragem a ordem e segurança poderão ser restabelecidas.
(*) – Faz parte do Conselho de Administração do Prodigy Berrini Grand Hotel, é articulista colaborador de jornais e realiza palestras sobre qualidade de vida. Coordena os sites (www.vidaeaprendizado.com.br) e (www.library.com.br). E-mail: ([email protected]); Twitter: @bidutra7.