O ministro da Ciência e Tecnologia, Gilberto Kassab, se manifestou contrário à possibilidade de uma eventual extinção da Telebras, proposta que está sendo discutida pela equipe de governo de Jair Bolsonaro.
“Se me ouvirem, vou mostrar a importância que a empresa tem para o Brasil. E como este será um governo bem-intencionado, vai entender que o serviço que a Telebras está prestando, nenhuma outra instituição pública prestará”, disse, referindo-se aos ganhos que a empresa estatal passará a aferir com a gestão do Satélite Geoestacionário, lançado em maio de 2017, após o Tesouro investir quase R$ 3 bilhões no projeto.
“Custo este que agora será recuperado com as receitas que a empresa vai ter”, acrescentou Kassab, ao participar, em Brasília, da comemoração pelos 21 anos da Anatel. “Teremos serviços na Saúde, Educação, Agricultura, em todos os cantos do país. E ninguém [além da Eletrobras] está habilitado a fazê-los em curtíssimo prazo”, acrescentou.
Presente ao evento da Anatel, o presidente da Telebras, Jarbas José Valente, disse ainda não ter sido consultado por qualquer membro da equipe do futuro governo. Para ele, a estatal é estratégica por auxiliar na integração do país por meio das telecomunicações. “Para mim, a Telebras é uma empresa de Estado, estratégica para o governo. Do ponto de vista de operar um equipamento importantíssimo e de levar serviços como a banda larga para localidades rurais, o que muda o país”, afirmou Valente.
Ele lembrou que a empresa também oferece ao Estado um serviço seguro de comunicações e conta com uma ampla rede de fibra óticas. Valente acredita que, já na próxima semana, terá oportunidade de apresentar aos integrantes da equipe de transição os projetos da estatal (ABr).