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Endividamento das empresas brasileiras voltou a crescer em 2017

em Manchete Principal
quarta-feira, 24 de outubro de 2018
Endividamento temproario

Endividamento temproario

O pico do endividamento empresarial ocorreu no ano de 2013, com 55,4% dos ativos totais.  Foto: Sindifiscal/ms

O nível mediano de endividamento das empresas brasileiras, após três anos seguidos de redução (2014, 2015 e 2016), voltou a subir em 2017 e atingiu 46,5% dos ativos totais. Dentre os setores pesquisados, a indústria encerrou o ano de 2017 com o maior nível de endividamento: 54,6% dos ativos totais. O setor comercial terminou o ano de 2017 com endividamento de 53,2% dos ativos totais e o setor se serviços com 41,5% dos ativos totais.
Por sua vez, o setor primário revelou-se o menos endividado, encerrando o ano de 2017 com 39,1% dos ativos totais. Vale notar que o pico do endividamento empresarial ocorreu no ano de 2013 (55,4% dos ativos totais) culminando um processo de elevação em meio a um contexto econômico que favoreceu não apenas a ampliação excessiva do endividamento empresarial como também do endividamento dos consumidores.
Esses são os resultados apontados pelo estudo inédito da Serasa Experian, que avaliou cerca de 80 mil balanços patrimoniais por ano ao longo destes últimos 10 anos, perfazendo um total de aproximadamente 800 mil demonstrativos financeiros das empresas dos setores primário, industrial, comercial e de serviços da economia brasileira. De acordo com os economistas da Serasa Experian, com a economia brasileira entrando em crise a partir de 2014, houve um claro esforço da redução dos níveis de endividamentos empresariais abarcando, praticamente, todos os setores. O auge deste processo de redução de endividamento foi o ano de 2016, com o indicador atingindo 45,5% dos ativos totais.
Neste sentido, a pequena elevação verificada em 2017 para 46,5% dos ativos totais não pode ser encarada como preocupante, pelo contrário. Com o nível de endividamento bem próximo do menor patamar destes últimos 10 anos, as médias e grandes empresas brasileiras estão relativamente bem posicionadas para um novo ciclo de expansão da economia brasileira assim que as condições políticas e econômicas o permitirem (Serasa Experian).