Carlos Alberto Reis Freire (*)
Outubro Rosa é um movimento de adesão mundial, com o intuito de conscientizar e alertar as mulheres sobre a importância da prevenção e diagnóstico do câncer de mama.
De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de mama é um dos mais comuns entre as mulheres no mundo, inclusive no Brasil. O INCA ainda estima que em 2018, possam existir cerca de 59 mil novos casos da doença. Já com relação aos dados sobre óbitos, o Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), informa que o número chega a 14.206 para mulheres e 181 casos para os homens no país.
Existem inúmeros tipos de câncer de mama, e eles evoluem em velocidades diferentes. A maioria destes diagnósticos possui um bom precedente de cura se identificado no estágio inicial, realizando o tratamento adequado. Não existe apenas uma única causa para esta doença, mas o mais importante fator de risco é a idade, já que o câncer se manifesta com maior incidência após os 40 anos, e é considerado raro antes dos 35.
Além disso, contribuem os fatores ambientais e comportamentais como: obesidade, sedentarismo e consumo de álcool; os fatores hormonais e reprodutivos: menstruação antes dos 12 anos, não gerar filhos, ter a primeira gravidez após os 30 anos, não ter amamentado e fazer o uso de contraceptivos e os fatores genéticos e hereditários: ter histórico na família de câncer de ovário ou mama antes dos 40 anos.
Porém, é importante ressaltar que o indivíduo que apresentar um ou mais fatores de risco, não necessariamente desenvolverá a doença.
E para identificar o câncer de mama, o ideal é que a mulher faça avaliações periódicas com seu ginecologista e o autoexame, seja no banho ou em frente ao espelho e fique atenta a pequenos caroços endurecidos, nódulos nas axilas, vermelhidão na pele, checar se possui um aspecto de casca de laranja, secreção saindo dos mamilos ou qualquer outra alteração que não pareça normal.
Feito isso, caso seja encontrado qualquer anormalidade, deve-se procurar imediatamente o serviço de saúde para realização de exames. A mamografia, que é uma radiografia das mamas feita pelo raio X, chamado mamógrafo, é um dos exames solicitados pelo ginecologista que ajuda a detectar a doença.
Descobrir o câncer de mama na fase inicial aumentam as chances de cura. O tratamento para a doença dependerá da fase em que ela se encontra, sendo necessário a realização de quimioterapia, radioterapia, até mesmo a cirurgia para a retirada do nódulo, parte ou até mesmo a mama toda. Dependerá sempre da avaliação do médico.
O importante é que as pessoas não tenham medo de fazer o autoexame e que conheçam o próprio corpo, para que possam identificar, ainda no início, a doença. Além dos exames habituais, o INCA ainda informa que 30% dos casos de câncer de mama podem ser evitados com um estilo de vida de hábitos saudáveis como a prática de exercícios físicos, alimentação regrada, peso normal, evitar o consumo de bebidas alcóolicas e se possível, amamentar.
Cuide-se!
(*) – É oncologista clínico do HSANP, centro hospitalar da Zona Norte de São Paulo.