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Economia 23/08/2018

em Economia
quarta-feira, 22 de agosto de 2018
Uso da temporario

Uso da capacidade instalada da indústria subiu para 68%

O indicador de utilização da capacidade instalada da indústria brasileira subiu de 66% em junho para 68% em julho.

Uso da temporario

O uso da capacidade instalada foi maior nas grandes empresas, alcançando 73%. Foto: Arquivo/ABr

É o maior percentual verificado no mês de julho dos últimos quatro anos, segundo a pesquisa Sondagem Industrial, divulgada ontem (22) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O uso da capacidade instalada foi maior nas grandes empresas, alcançando 73%. Nas médias, ficou em 66% e, nas pequenas, em 60%.

Segundo a CNI, a queda na ociosidade é resultado do aumento da produção no setor. Conforme a pesquisa, o índice de evolução da produção alcançou 52,2 pontos em julho. Foi o segundo mês consecutivo que o índice ficou acima dos 50 pontos, o que indica o aumento da produção, depois da forte queda registrada em maio, por causa da greve dos caminhoneiros. O indicador de produção varia de zero a cem pontos. Quando está acima de 50 pontos, mostra aumento da produção.

No entanto, o emprego no setor continua caindo. O indicador do número de empregados ficou em 48,5 pontos e continua abaixo da linha divisória dos 50 pontos que separa a queda do aumento do emprego. A Sondagem Industrial (feita entre 1º e 13 de agosto com 2.257 empresas) mostra ainda que as indústrias estão com um pequeno acúmulo de estoques. O índice de nível de estoque efetivo em relação ao planejado subiu para 50,8 pontos em julho e ficou acima da linha divisória dos 50 pontos, mostrando que os estoques estão levemente maiores do que o planejado.

Segundo a CNI, todos os indicadores de expectativa ficaram acima dos 50 pontos em agosto, mostrando que os industriais esperam o aumento da demanda, da compra de matérias-primas, do número de empregados e das exportações nos próximos seis meses. O índice de intenção de investimento subiu para 51 pontos. O indicador de intenção de investimentos está 3,1 pontos acima do de agosto do ano passado (ABr).

Locação de robôs se firma como modêlo de negócio

Locacao temporario

Um robô trabalha até 24 horas e sete dias por semana, o que é impossível para seres humanos. Foto: Divulgação/ABDI

Às portas da quarta revolução industrial, o mercado de robôs deve crescer no Brasil. Com o fim da alíquota de importação, estima-se que haverá incremento desse tipo de tecnologia. “Implementar robôs de forma adequada numa linha de produção exige uma equipe especializada, com engenheiros, programadores e profissionais capacitados para manutenção”, explica o CEO da Pollux, José Rizzo, empresa especializada em fornecer tecnologias e levar a robotização de processos a indústria.

Os robôs industriais mais recentes são todos munidos de sensores. É como se enxergassem, sentissem o ambiente, mesmo que não seja um ambiente 100% preparado para ele. Por exemplo, um robô trabalha até 24 horas e sete dias por semana, o que é impossível para seres humanos.
Outro fator importante é a flexibilidade. Os robôs são reprogramáveis, customizáveis, portanto, podem ser usados para diferentes tarefas em várias linhas de montagem.

“Enxergamos esse mercado como fundamental para o avanço da indústria 4.0”, explica Guto Ferreira, Presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI). Uma questão que preocupa muitos brasileiros é o desemprego, mas existe uma relação inversamente proporcional, ou seja, os países que mais adotam o uso da robótica tem menores índices de desemprego. De acordo com a Federação Interacional de Robótica o ano passado foi um recorde de vendas e cerca de 381 mil robôs industriais foram comercializados em todo o mundo (ABDI).

Trump promete tarifa de 25% sobre carros da UE

Trump temporario

Há um mês, presidente havia falado em acordo com Bruxelas. Foto: EPA

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, prometeu impor uma sobretaxa alfandegária de 25% sobre todos os automóveis importados da União Europeia. A declaração foi dada na última terça-feira (21), durante um comício na Virgínia Ocidental, e chega pouco depois de uma entrevista do secretário de Comércio dos EUA, Wilbur Ross, na qual ele anunciou o adiamento da publicação de um relatório sobre as tarifas no setor automotivo.

“Colocaremos uma taxa de 25% sobre todos os carros que chegarem nos EUA a partir da União Europeia”, declarou Trump, ignorando as negociações em curso com Bruxelas. Há cerca de um mês, o republicano havia recebido na Casa Branca o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, e anunciado um compromisso para zerar as tarifas sobre bens industriais entre os dois lados.

“Hoje é um grande dia: com Juncker, lançamos uma nova fase nas relações entre Estados Unidos e União Europeia”, dissera o norte-americano na ocasião. A UE já indicou que criará US$ 20 bilhões em novas tarifas caso seus automóveis sejam sobretaxados, o que abriria uma nova frente na guerra comercial deflagrada por Trump, após a disputa em curso com a China. O objetivo de Trump é reduzir o déficit comercial em relação à UE, hoje na casa dos US$ 100 bilhões (ANSA).

Cheques sem fundos: o menor índice em oito anos

Segundo o Indicador Serasa Experian de Cheques Sem Fundos, o mês de julho encerrou com 1,83% de devolução de cheques pela segunda vez por insuficiência de fundos, o menor percentual apurado para o mês de julho desde 2010, que foi de 1,74%. Foram registrados 684.887 cheques devolvidos de um total de 37.410.500 de cheques compensados.

No consolidado de janeiro a julho/2018, o país soma 258.472.324 cheques compensados e 1,99% desse total de cheques sem fundos (15.146.046). Na avaliação dos economistas da Serasa Experian, juros mais baixos, inflação sob controle e menor utilização dos cheques como meios de pagamentos, explicam o recuo da inadimplência com cheques, não apenas em julho mas também ao longo de todo o ano até agora (Serasa Experian).