142 views 13 mins

Geral 22/08/2018

em Geral
terça-feira, 21 de agosto de 2018
Autoridades temproario

Autoridades lamentam morte do jornalista Otavio Frias Filho

O presidente Michel Temer lamentou ontem (21) a morte do jornalista e diretor de Redação da Folha de S. Paulo, Otavio Frias Filho, de 61 anos.

Autoridades temproario

Jornalista Otavio Frias Filho morre aos 61 anos. Foto: José Antônio Teixeira/Alesp

Temer registrou que, no comando de Frias, o jornal pautou-se pelo pluralismo. “Sob sua direção, a Folha tornou-se palco dos grandes debates intelectuais do país, com pluralismo e diversidade de opiniões. Meus sinceros sentimentos à família, amigos e jornalistas da Folha por essa perda tão prematura”.

Os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, e do Senado, Eunício Oliveira, também se manifestaram. “À frente da Folha de S.Paulo, Otavio criou um estilo profissional inovador e desenvolveu um trabalho extremamente respeitável. Sem sombra de dúvida, perdemos um grande profissional no jornalismo do nosso país. Fui recebido por ele algumas vezes em almoços no jornal. [Frias era] sério, cordato e muito preciso nos seus questionamentos”, disse Maia.

Para Eunício, o Brasil e o jornalismo brasileiro, em especial, perderam hoje um dos mais atuantes e instigantes de seus intelectuais. “Líder inconteste da Folha de S.Paulo e do Universo On Line, [Otavio Fria] foi sempre um dos mais argutos interlocutores da cena nacional. Era um homem reservado, correto, talentoso e corajoso. Fará falta ao país, à sua família, ao jornalismo e à democracia.”

A presidente do STJ, ministra Laurita Vaz, divulgou nota em que destaca o perfil ético, imparcial e crítico do jornalista. “Homem de múltiplos talentos, teve participação primordial na redemocratização do país e consolidou-se como um dos mais destacados jornalistas brasileiros”. O presidente da OAB, Claudio Lamachia, também lamentou a morte. “Otavio Frias Filho conduziu a Folha de acordo com os mais elevados princípios do jornalismo, que são também fundamentais para o Estado Democrático de Direito, como amplo espaço para o contraditório e para o debate de ideias divergentes”, disse em nota.

Otavio Frias Filho, morreu ontem (21) após lutar contra um câncer no pâncreas. Ele estava internado no Hospital Sírio-Libanês. O jornalista, escritor e ensaísta comandava por 34 anos a Folha de S. Paulo, promovendo mudanças e buscando atualizações. Foi um dos responsáveis pela implantação do Manual da Folha, que define o estilo característico do veículo. Frias era formado em direito com pós-graduação em ciência política (ABr).

ONU adverte: Coreia do Norte não abandonou programa nuclear

ONU temproario

Não há indícios de que a Coreia do Norte tenha interrompido as atividades nucleares. Foto: Getty Images

Agência EFE

A Coreia do Norte não abandonou seu programa nuclear, diz relatório da Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea), no qual a organização adverte que as atividades atômicas do país asiático continuam gerando ‘grave preocupação’. “A continuidade e o posterior desenvolvimento do programa nuclear da RPDC [República Popular Democrática da Coreia, nome oficial da Coreia do Norte] e as declarações a respeito do país são motivo de grande preocupação”, disse a Aiea.

A organização afirma, portanto, que não há indícios de que a Coreia do Norte tenha interrompido as atividades nucleares desde que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o líder norte-coreano, Kim Jon-un, anunciaram em junho disposição para conseguir a desnuclearização da região. No documento, a Aiea enumera as resoluções de condenação que o Conselho de Segurança emitiu após os sucessivos testes de armas nucelares pela Coreia do Norte.

“Contrariamente aos requerimentos dessas resoluções, a RPDC não abandonou seu programa nuclear de forma completa, verificável e irreversível, nem interrompeu todas as atividades relacionadas”, acrescenta o relatório, redigido pelo diretor-geral da Aiea, Yukiya Amano, ao lembrar que, no começo do ano, o regime norte-coreano anunciou que tinha alcançado seu objetivo de “aperfeiçoar as forças nucleares nacionais” após as seis detonações de armas atômicas realizadas entre 2006 e setembro do ano passado.

Depois, Kim Jong-un mostrou seu compromisso de acabar com o programa atômico, primeiro em um encontro em abril com o presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, e depois na histórica reunião com Trump em Singapura. A Aiea também assegura que continua sem poder realizar inspeções na Coreia do Norte e que, portanto, seu “conhecimento do programa nuclear da RPDC é limitado”.

Casos de sarampo nas Américas chegam a 5 mil; Opas amplia alerta

Agência Brasil

O número de casos confirmados de sarampo na região das Américas mais que dobrou em um mês. Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), 11 países do continente notificaram 5.004 casos confirmados da doença este ano: Antígua e Barbuda (1), Argentina (8), Brasil (1.237), Canadá (19), Colômbia (60), Equador (17), Estados Unidos (107), Guatemala (1), México (5), Peru (4) e Venezuela (3.545, incluindo 62 óbitos). Até 20 de julho, os mesmos países haviam confirmado 2.472 casos.

“Tendo em vista a velocidade de propagação da doença pela região, a Opas ampliou as recomendações que já vinham sendo feitas aos países. Entre elas, aumentar a cobertura vacinal e fortalecer a vigilância epidemiológica, a fim de aumentar a imunidade da população e detectar/responder rapidamente a casos suspeitos de sarampo”, informou a entidade, por meio de comunicado.

Na nota, o organismo internacional orienta ainda que, durante surtos, seja estabelecido um manejo correto de casos intra-hospitalares para evitar a transmissão nas próprias unidades de saúde, com um fluxo adequado de pacientes para salas de isolamento – evitando o contato com outros pacientes em salas de espera e/ou locais de internação.

O Ministério da Saúde promove até o dia 31 deste mês a Campanha Nacional de Vacinação Contra a Poliomielite e Sarampo. A meta é imunizar pelo menos 95% de 11,2 milhões de crianças com idade entre 1 ano e menores de 5 anos, independentemente da situação vacinal delas, e criar uma barreira sanitária de proteção da população brasileira. Até segunda-feira (20), metade do público-alvo havia sido vacinada.

Equipe avalia situação de imigrantes em Pacaraima

Equipe temproario

Moradores de Pacaraima se revoltaram contra presença de imigrantes da Venezuela, depois que um comerciante local foi assaltado. Foto: Geraldo Maia/EFE

Agência Brasil

Uma equipe técnica interministerial do governo federal visitou ontem (21) o município de Pacaraima (RR), cidade que abriga milhares de imigrantes venezuelanos. O grupo chegou à noite a Boa Vista e se reuniu com representantes do governo estadual, organizações da sociedade civil e de agências da ONU. Por volta das 9h de ontem (21), o grupo embarcou para Pacaraima, onde também se reuniu com autoridades locais e agentes sociais para avaliar a situação e colher informações sobre os imigrantes venezuelanos.

Integram a equipe técnica interministerial os ministérios da Defesa; Casa Civil, Gabinete Segurança Institucional, Justiça, Segurança Pública, Desenvolvimento Social, Direitos Humanos, Relações. Exteriores, Educação, Saúde e Ciência e Tecnologia. O resultado da missão será analisado em Brasília.

No sábado (18), moradores do município de Pacaraima, na fronteira com a Venezuela, expulsaram venezuelanos de barracas e abrigos e atearam fogo a seus pertences, em um princípio de revolta contra a presença deles na cidade. A agressão aos imigrantes se deu após um comerciante local ter sido assaltado e espancado em casa, na sexta-feira (17), supostamente por quatro venezuelanos.

No mesmo dia do ataque aos venezuelanos, a população local realizou um ato em frente ao Comando Especial de Fronteira do Exército contra a presença de imigrantes do país vizinho. A manifestação pacífica culminou com os episódios de violência.

CNJ retira proteção da PF a juiz candidato ao governo de MS

Agência Brasil

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) decidiu ontem (21), por 9 votos a 6, que o juiz aposentado Odilon de Oliveira – candidato ao governo de Mato Grosso do Sul – não tem mais direito à escolta da Polícia Federal (PF). A proteção de 24 horas, porém, deve ser retirada de forma gradual.
Odilon ficou conhecido pelo combate ao crime organizado, em especial o narcotráfico na região de fronteira com o Paraguai, tendo recebido diversas ameaças de morte ao longo da carreira, motivo pelo qual desde 1998 é escoltado continuamente por agentes da PF fortemente armados.

O juiz federal se aposentou em setembro do ano passado e este ano foi registrado como candidato do PDT ao governo de Mato Grosso do Sul. Ao deixar a magistratura, ele pediu ao CNJ que fizesse uma consulta formal ao Ministério da Justiça sobre a possibilidade de manutenção e ampliação da escolta. Ontem, o relator do caso, conselheiro Marcio Schiefler, julgou improcedente o pedido do juiz, com base em relatório encaminhado pelo atual diretor-geral da PF, Rogério Galloro. O documento diz que os motivos para proteção permanente não estão mais presentes e, por isso, a escolta armada deve ser gradualmente descontinuada.

Schiefler ressaltou que, ao se candidatar, o juiz sabia que agravaria os riscos a sua segurança. O relator argumentou ainda que, se fosse mantida sua escolta 24 horas fornecida pela União, o juiz ficaria em situação de vantagem diante dos demais candidatos ao governo de MS, o que é proibido pela legislação eleitoral. O corregedor-nacional de Justiça, João Otávio de Noronha, afirmou que por ter se candidatado ao governo de MS, Odilon de Oliveira deveria passar a se responsabilizar pela própria segurança. Ele defendeu que a escolta da PF fosse retirada por completo de imediato. “Houve opção política feita pelo ex-juiz. Então, está fora da nossa jurisdição”, disse Noronha.