HorrorO empoderamento da mulher é o mote do espetáculo “Assombrosas”, nova montagem da Companhia Casa da Tia Siré que estreia dia 9 de agosto Foto: Jonatas Marques Com dramaturgia de Andressa Ferrarezi e direção de André Capuano, a peça flerta com o universo das histórias de terror para jovens com a proposta de falar sobre a reprodução do machismo, com olhar provocativo sobre as relações humanas. O espetáculo não tem a intenção de ser panfletário ou apontar soluções, mas pode criar novas perspectivas. São várias camadas de encenação sob diferentes pontos de vista que buscam desatar os nós da relação homem-mulher. Uma trupe de artistas caixeiros viajantes apresenta seu fabuloso teatro de bonecos. Um antigo caixão herdado por eles é usado para encenar histórias horripilantes sobre mulheres assombrosas. O intuito é entreter o público e vender suas mercadorias, facas. No acampamento onde param para descansar, as verdadeiras assombrações aparecem, nas relações estabelecidas entre os integrantes da trupe. Um coro de meninas assombrosas, integrado por três atrizes, apontam possibilidades de transformação e desperta a percepção da Menina, que sente que as coisas não são como deveriam ser. Elas representam o novo, uma outra forma de olhar e reagir diante das relações de opressão. A assombração, no fundo é o machismo presente. Com Thaís Campos, Glauber Pereira, Juh Vieira. Coro de Assombrosas: Iara Perri, Jaqueline dos Santos Reis e Yasmin Moraes.Adaptação. Serviço: Oficina Cultural Oswald de Andrade, R. Três Rios, 363, Bom Retiro. Quinta e sexta às 20h, sábado às 15h e 18h (exceto dia 11/08 só às 18h). Dia 29/08 sessão extra às 20h. Entrada franca. Até 01/09. | |
REFLEXÃOIntenções | |
MusicaisFoto: Leticia Lima Reunindo diversos estilos acontece uma programação musical variada no mês de agosto. O Duo Flutuart toca dia 14, na Igreja Da Boa Morte. O show faz parte do Centro Erudito 2018, que leva apresentações de música de câmara por espaços históricos do centro: igrejas, escolas, universidades, tribunais, colégios. O projeto celebra a tradição musical erudita dessa região da cidade e é uma parceria com Escola de Música Municipal. Já Ceumar chega ao Sesc Carmo depois de circular por diversas cidades do Brasil, com o show do seu mais recente álbum Silencia. A apresentação acontece dia 16. O projeto Los 5, formado por Lucio Maia (Nação Zumbi), Mauricio Fleury (Bixiga 70, Gal Costa), Fábio Sá (Gal Costa), Felipe Roseno (Maria Gadu, Ney Matogrosso) e Hugo Carranca (Otto), se apresenta ao lado de Marina de la Riva no dia 27. O show integra o Encontros Sonoros, um idealização que procura mostrar artistas em projetos paralelos àqueles em que o público está acostumado a vê-los. Serviços: Igreja Da Boa Morte: R. do Carmo, 202, Centro. Terça (14) às 13h. Entrada franca. SESC Carmo R. do Carmo, 147, Centro, tel. 3111-7000. Quinta (16) e segunda (27) às 19h. Ingressos: R$ 20 e R$ 10 (meia). NotaJá está disponível em todas as plataformas digitais e também em CD, “Beleza e Medo”, disco de inéditas de Paulinho Moska, lançado pela gravadora Deck.Que beleza”…em tempos de pouca fé e muito ódio, Moska abre seu novo álbum falando, fuçando, apontando “Beleza e Medo”, assim, complementares que são, com letras maiúsculas. Um artista que sempre cantou principalmente o amor e seus desdobramentos, se sente compelido a afiar a língua em outras direções, sinal dos tempos e de sua necessidade de falar o que está vendo e sentindo na pele. Ele lança seus dardos-pensamentos-canções em direção ao alvo perfeito que somos nós, seus ávidos ouvintes, acostumados ao alento que sua arte sempre nos proporcionou. Diz ele que era pra ser um álbum só de amor, mas a angústia de quem vive e vê fez com que a necessidade de se colocar sobre o que temos sofrido escorresse também a urgência do caos para a cena de algumas composições. E falar disso não é também amor?. Para ouvir “Beleza e Medo”: (http://paulinhomoska.lnk.to/BelezaEMedoAlbumPR). | Caça as bruxasFoto: Ligia Jardim A intervenção cênica “Heresia” estreia dia 13 de agosto. A encenação tem dramaturgia de Carolina Nagayoshi, Cris Rocha, Daniela Barros, Flávia Bertinelli, Léia Rapozo,Neusa Steiner e Cris Lozano, que também assina a direção. A peça parte do tema da caça às bruxas conduzida pela Igreja Católica há mais de 200 anos. O terrorismo contra o corpo das mulheres, a violência sexual, o feminicídio, a misoginia, a violação de direitos sobre o próprio corpo, são à caça às bruxas da atualidade e é o que a intervenção cênica pretende abordar nestes espaços urbanos históricos como direito de resposta à criminalização estatal. Na história cinco mulheres percorrem tempos e espaços diversos e ocupam a praça pública, exercendo seu direito de resposta ao silenciamento histórico desde a queima de seus corpos na Inquisição no Brasil. Serviço: Pátio do Colégio, Pça do Collegio, 2, Centro, tel. 9 9520-6528. Segundas, quartas e sextas às 13h, na Praça da Sé e às 15h, no Pátio do Colégio. Entrada franca. Até 07/09. |
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