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Economia 31/07/2018

em Economia
segunda-feira, 30 de julho de 2018
Mercado temporario

Mercado financeiro espera por manutenção da Selic

Instituições financeiras consultadas pelo Banco Central (BC) esperam por manutenção da taxa básica de juros, a Selic, em 6,5%, nesta semana

Mercado temporarioPara este ano, o centro da meta de inflação é 4,5%, o que pode beneficiar o consumo. Para 2019, a previsão é 4,25%. Foto: EBC/ABr

O Copom reúne-se hoje e amanhã (1º) para definir a Selic. Para o mercado financeiro, não deve haver alteração na Selic até o fim deste ano. Em 2019, a taxa deve subir e encerrar o período em 8% ao ano.
A Selic é o principal instrumento do BC para manter sob controle a inflação oficial, medida pelo IPCA, calculado pelo IBGE. Quando o Copom aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Quando o Copom diminui os juros básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação.
A manutenção da Selic, como prevê o mercado financeiro, indica que o Copom considera as alterações anteriores suficientes para chegar à meta de inflação. Em 2018, o centro da meta de inflação é 4,5%, com limite inferior de 3% e superior de 6%. Para 2019, a previsão é 4,25%, com intervalo de tolerância entre 2,75% e 5,75%. Para 2020, a meta é 4% e, para 2021, é de 3,75%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para os dois anos (2,5% a 5,5% e 2,25% a 5,25%, respectivamente).
A projeção para a expansão do PIB é mantida em 1,50% neste ano há duas semanas seguidas. Para 2019, a estimativa segue em 2,50% há quatro semanas consecutivas. As instituições financeiras também projetam crescimento de 2,50% do PIB em 2020 e 2021. A previsão do mercado financeiro para a cotação do dólar permanece em R$ 3,70 no fim deste ano e de 2019 (ABr).

Novo portal para legalização de empresas

O novo Portal da Rede Nacional para a Simplificação do Registro e da Legalização de Empresas e Negócios (Redesim) já está disponível. Totalmente reformulado, o conteúdo do site agora se adapta aos dispositivos móveis, como tablets e celulares. O objetivo, de acordo com a Receita, é levar ao cidadão uma nova experiência no processo de abertura e de alteração da pessoa jurídica, com orientações em linguagem mais clara e de fácil comunicação. Isso deve trazer mais agilidade e transparência para todo o processo.

O portal conta com uma área exclusiva para o usuário identificado. Essa autenticação utilizará os serviços do projeto Brasil Cidadão, do Ministério do Planejamento, que faz parte da Plataforma de Cidadania Digital e que oferece a possibilidade de o usuário, por meio de acesso único, obter diversos serviços públicos disponíveis na internet. Na área do usuário, é possível consultar o nome empresarial na base do CNPJ e outros serviços (ABr).

Aumentou a confiança do empresário
de serviços

O Índice de Confiança de Serviços, calculado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), teve alta de 0,8 ponto em julho na comparação com junho. O crescimento veio depois de quatro quedas consecutivas. Mesmo com a alta, o índice atingiu 87,5 pontos, segundo menor nível do ano. A confiança aumentou para empresários de 9 das 13 principais atividades pesquisadas.
O Índice da Situação Atual, que mede a confiança no momento presente, avançou 1,6 ponto, devolvendo a queda de junho, para 86,7 pontos. Já o Índice de Expectativas, que mede a confiança nos próximos meses, manteve-se relativamente estável ao variar -0,1 ponto, para 88,6 pontos, menor nível desde dezembro de 2016 (83 pontos). O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) do setor de Serviços, que havia atingido o menor nível da série histórica em junho, recuperou 0,6 ponto percentual em julho, indo para 81,7%.
Segundo o consultor da FGV, Silvio Sales, a reação da confiança do setor de serviços em julho não foi suficiente para compensar a perda verificada em junho. No início do segundo semestre, as empresas vislumbram um cenário de recuperação ainda muito tímido, o que deve estar relacionado à frustração com o fraco desempenho corrente e à elevada incerteza associada ao processo eleitoral, de acordo com Sales (ABr).