Em vez de aplicar, 25% dos poupadores guardam dinheiro em casaGuardar dinheiro no final do mês não é um hábito comum do consumidor brasileiro. E mesmo entre aqueles que conseguem poupar parte de seus rendimentos, a busca por aplicações rentáveis é atitude adotada por parcela ainda pequena da população. Falta de conhecimento é principal razão para quem deixa dinheiro guardado na poupança, conta corrente ou na própria casa. Foto: Divulgação/CNDL Dados apurados pelo Indicador de Reserva Financeira do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) revelam que um quarto (25%) dos poupadores guarda dinheiro na própria casa, opção arriscada por questões de segurança e negativa do ponto de vista da rentabilidade, uma vez que o dinheiro fica parado sem render juros. Mesmo com a ofensiva das corretoras e a popularização de modalidades como o Tesouro Direto nos últimos anos, a velha caderneta de Poupança continua líder absoluta entre o principal tipo de aplicações dos poupadores brasileiros, citada por 60% dos entrevistados. Outra escolha bastante mencionada é a Conta Corrente, modalidade usada por 18% dos brasileiros que possuem recursos guardados. Completam o ranking de principais aplicações a Previdência Privada (7%), Fundos de Investimentos (5%), CDBs (4%) e Tesouro Direto (4%). A Caderneta de Poupança ainda é a modalidade de investimento mais conhecida pelos entrevistados: ao menos 81% das pessoas que possuem dinheiro guardado já ouviram falar a seu respeito. Em seguida aparecem os Títulos de Capitalização (48%), planos de Previdência Privada (45%), ações em bolsas de valores (39%), fundos de investimentos (33%) e o Tesouro Direto (24%). “Ao manter o dinheiro em casa, o consumidor está perdendo o poder de compra pela inflação e isso pode ser prejudicial para seus objetivos. Se a intenção é proteger-se contra imprevistos, o conveniente é optar por uma reserva com alta liquidez, ainda que isso implique um rendimento menor. Por outro lado, se o objetivo é poupar para o longo ou médio prazo, aplicações menos líquidas, isto é, com menos facilidade para sacar, podem servir de freio ao impulso de desviar a finalidade deste recurso guardado”, aconselha a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti (SPC/CNDL). | |
Varejo brasileiro deve fechar 2018 com alta de 3,6%O número é motivo para se comemorar, mas ao mesmo tempo pede cautela. Foto: Reprodução Projeção elaborada pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP) aponta que o varejo nacional deve fechar o ano com crescimento de 3,6% sobre 2017. De acordo com o presidente da entidade, Alencar Burti, o número é motivo para se comemorar, mas ao mesmo tempo pede cautela. “Considerando-se que essa tem sido a recuperação econômica mais lenta da nossa história, e também os percalços provocados pela paralisação dos caminhoneiros, é um aumento importante, maior do que o do ano passado. Mas o cenário é muito instável, principalmente o político-eleitoral. Muita coisa pode mudar até o fim do ano”. O avanço de 3,6% esperado para 2018 se refere ao varejo restrito, que exclui automóveis e material de construção. Trata-se da segunda alta anual consecutiva do comércio brasileiro, que no passado subiu 2,1%. Por outro lado, os dois resultados positivos não recuperam as perdas de 2016 e 2015, quando o setor caiu 6,3% e 4,3% respectivamente. Burti comenta que, até o momento, os destaques do setor têm sido os bens duráveis ? justamente os que mais sofreram nos últimos anos ?, beneficiados pelos juros menores e prazos maiores. Para o ano que vem, ele afirma que não dá para fazer projeções, pois a disputa eleitoral e o nervosismo do mercado tornam qualquer palpite inviável. “Não dá para falar nada sobre 2019, pois o leque das eleições está muito aberto” (AI/ACSP). | Demanda por bens industriais caiu 8,3% após greve dos caminhoneirosAgência Brasil O Indicador Ipea Mensal de Consumo Aparente de Bens Industriais registrou queda de 8,3% em maio, na comparação com abril. Frente a maio de 2017, o indicador recuou de 6,4%. De acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o resultado pode ser explicado, em grande parte, “pelo efeito negativo da recente paralisação dos caminhoneiros sobre o nível de produção doméstica”. O estudo foi divulgado ontem (19) e está disponível no blog Carta de Conjuntura. Para o Ipea, os números não são tão bons quanto os esperados, mas a greve agravou bastante o cenário e teve impacto mais forte no mês de maio. A tendência, entretanto, é de normalização do indicador. O resultado de maio, na comparação com o mesmo mês do ano passado, foi similar à queda ocorrida na produção industrial em igual período (6,7%), revela a Pesquisa Industrial Mensal de Produção Física, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Tomando por base o resultado acumulado em 12 meses, a demanda por bens industriais segue registrando ritmo de crescimento mais intenso (3,9%) que o apresentado pela produção interna (2,9%). A queda registrada em maio foi generalizada entre as grandes categorias econômicas. Os destaques negativos ficaram por conta dos segmentos “bens de capital” e “bens de consumo duráveis”: quedas de 14,6% e 22,6%, respectivamente. Petrobras recebe plataforma para o Campo de LulaAgência Brasil A Petrobras anunciou a chegada ao Brasil de mais uma plataforma de petróleo destinada ao Sistema de Produção do Campo de Lula, no pré-sal da Bacia de Santos. A P-67 desatracou do estaleiro da COOEC, na cidade de Qindao, na China, em maio último. A plataforma está ancorada na Baía de Guanabara, e após o desembaraço aduaneiro e o término das inspeções, seguirá para o pré-sal da Bacia de Santos. O sistema de produção de Lula Norte é operado pela Petrobras, que detém 65% de participação em um consórcio que tem ainda como parceira a Shell (25%) e a Galp (10%) e está previsto para entrar em produção no quarto trimestre deste ano. A P-67 tem capacidades de produção de 150 mil barris de óleo por dia, de compressão e tratamento de 6 milhões de metros cúbicos diários de gás e de armazenamento de 1,6 milhão de barris. |