Como reverter a desmotivação no trabalho?Uma pesquisa da Universidade de Harvard sobre motivação individual trouxe um dado instigante. O estudo revela que um profissional pode passar a vida com um rendimento de 25% da sua capacidade no trabalho e ainda assim se manter no emprego Foto: Reprodução Juliana Bittencourt (*) Se esse mesmo indivíduo for motivado corretamente, ele pode atingir 80% da sua capacidade em desempenho. Agora a pergunta que não quer calar: como criar um ambiente onde uma equipe realize o trabalho buscando o máximo da sua produtividade? A verdade é que colaboradores quando são bem tratados e valorizados, se sentem inspirados e com perspectivas, e como resultado realizam o trabalho com empenho, buscando resultados para a empresa. Cada vez mais as organizações estão reformulando suas estruturas para sistemas de hierarquias cada vez mais enxutos e próximos dos funcionários. Empresas preocupadas em ter profissionais felizes é certamente o que as diferencia no mercado e torna-as mais competitivas. Vivenciado diariamente os desafios das empresas para despertar maior motivação e engajamento das suas equipes, ao mesmo tempo, convivendo com os anseios e expectativas dos colaboradores, alguns pontos são essenciais para gerar maior produtividade da equipe. Uma delas, sem dúvida, é deixar claro para todos qual é a razão de existir da empresa. Quando existe um propósito claro, o colaborador trabalha com foco mais direcionado, se torna mais produtivo e presta um atendimento ainda melhor aos clientes. Outro ponto que costuma ter um impacto negativo na motivação do profissional é problemas de relacionamento com a liderança. Perder talentos por essa razão não é o que as empresas querem. Os colaboradores, de forma geral, precisam de inspiração e ter gestores que sejam exemplos de conduta faz toda a diferença. É fundamental que cada um tenha claro qual é a sua real missão dentro da empresa e a importância que sua atividade tem para a organização. Não tem como deixar de mencionar também a importância de um bom plano de cargos e salários. Mesmo que a atual geração de profissionais esteja mais preocupada com a satisfação profissional do que com o dinheiro, o salário ainda pesa muito, sim, no conjunto de fatores que deixam o colaborador motivado. Por isso, ter um plano de cargos e salários bem definido com bom retorno financeiro é importante. Já a humanização do ambiente de trabalho pode ser uma eficiente injeção de ânimo nos profissionais da empresa. Entender que o funcionário tem uma vida com seus inúmeros desafios fora da empresa é o primeiro passo para uma relação mais transparente. Mostrar a preocupação da empresa com a vida do funcionário ajuda a estabelecer uma relação de confiança e de comprometimento por parte do colaborador. Em tempos em que tudo acontece de forma extremamente acelerada, o mercado se tornou mais competitivo e está mais exigente. Por isso, cada vez mais é necessário investir no capital humano e em estratégias que mantenham os colaboradores empenhados a exercer o máximo da sua produtividade. Assim, quem sabe, é possível atingir os 80% da capacidade que, segundo o estudo de Harvard, é peculiar a qualquer profissional. (*) É gestora de Recursos Humanos da Ahgora Sistemas. Centro de treinamento para clientesA AkzoNobel inaugurou no último dia 12 um espaço voltado para capacitação de profissionais da indústria moveleira. Localizado na planta de Santo André (SP), o AkzoNobel Training Center (ATC) disponibiliza equipamentos bastante similares aos utilizados pelos clientes do segmento de Wood – da marca Sparlack Industrial -, proporcionando treinamentos de aplicações de produtos de acordo com a realidade das empresas parceiras. O centro conta com duas cabines para aplicação à pistola e possui equipamentos que reproduzem a linha de pintura dos clientes com fidelidade, tal como a simulação da aplicação da tecnologia ultravioleta. Por isso, parceiros que não contam com laboratórios para testes de desenvolvimento de novos padrões e tecnologias, por exemplo, também podem utilizar o espaço com esta finalidade e assim antecipar a execução de sua linha de produção, de forma prática e ágil. “O ATC busca facilitar e agregar valor aos negócios dos nossos clientes por oferecer maior assertividade no uso de nossos produtos da marca Sparlack Industrial na indústria moveleira. Com isso, ganhamos no relacionamento e contribuímos com entregas de mobiliários de melhor qualidade e acabamento ao consumidor final, fortalecendo toda a cadeia”, afirma Sergio Munhoz, gerente de negócios para a América do Sul, da AkzoNobel – Repintura Automotiva e Revestimentos para Madeira (www.akzonobel.com).
| Como otimizar a operação de uma empresa por meio de SaaS (softwares como serviço)?Foto: Reprodução Talvez você ainda não tenha ouvido falar sobre SaaS – Software as a Service -, mas certamente já usou algum serviço neste formato. Para explicar um pouco melhor, trata-se de uma licença de software utilizada na internet, na qual não é preciso baixar, instalar ou atualizar. Ou seja, contrata-se o acesso a um sistema completo, sem a necessidade de configurar a infraestrutura ou a plataforma em que será utilizada. De acordo com o estudo “The Brazil SaaS Landscape 2017”, feito pela Rock Content, em parceria com a SaaSholic, Signail Hill e Redpoint eVentures, 71% das empresas pesquisadas que utilizam o modelo foram fundadas em 2010, o que mostra que esse ainda é um mercado em expansão no País. As que já adotaram o SaaS perceberam os benefícios oferecidos por esse modelo de consumo de TI, tanto em ganhos de produtividade e qualidade, quanto em tempo e redução de custos. Dentro das empresas, a área de tecnologia é uma das mais beneficiadas e a primeira a sentir o impacto do uso do SaaS. O trabalho operacional é reduzido drasticamente, uma vez que as rotinas que deveriam ser executadas, como processos de configuração e backup de dados, são feitos de forma automática na nuvem. Outro ponto crucial é o acesso diário a versão mais recente do software. Dessa maneira, é possível focar em processos mais estratégicos, que aumentam a produtividade das equipes e também a qualidade do serviço realizado. Na questão econômica, isso não é diferente. O software como serviço tem um custo mais baixo se comparado com o modelo padrão. A maioria das aplicações em SaaS permite ao profissional escolher o plano mais adequado ao seu negócio, de acordo com o número de usuários e, apenas, pelo tempo que precisa. Com isso é possível investir o valor economizado em outras frentes, incentivando cada vez mais o crescimento. Um impacto direto por meio da utilização desse modelo é o aumento da mobilidade e disponibilidade das operações, permitindo que o trabalho remoto cresça nas organizações. Uma pesquisa sobre “O Futuro do Trabalho” mostrou que mais de 40% dos entrevistados já praticam o home office e, além disso, mais da metade deles afirmam que isso aumenta a produtividade. Todos esses pontos proporcionam mais agilidade e destreza no serviço prestado pelas empresas, seja na questão operacional como na evolução do negócio. É preciso entender que, se o SaaS é o resultado de uma evolução tecnológica, o crescimento da empresa também pode estar diretamente ligado a implementação desse modelo, que vem crescendo no mundo todo. (Fonte: Higor Franco, diretor-geral da Locaweb Serviços de Internet, unidade de varejo da Locaweb). Indústria 4.0 e a segurança dos dados: como acompanhar a evolução tecnológica de maneira segura?Ricardo Gonçalves (*) Com a chegada da Indústria 4.0 e a automação dos dados, os processos produtivos ficaram super conectados Conhecida como a quarta revolução, esse movimento colocou as fábricas em um novo patamar de produtividade, eficiência e gestão ao, por exemplo, promover a automatização de suas operações e migração dos dados para a nuvem. Se, por um lado, estas mudanças trazem inúmeros benefícios para toda a cadeia produtiva, como melhora da performance, redução de custos e insumos para análises preditivas, por outro lado ainda gera muita insegurança. Por mais que esta preocupação seja legítima, é importante desmistificar alguns conceitos preestabelecidos sobre esta nova onda tecnológica. Todos os departamentos de uma fábrica precisam saber como lidar com estas informações e a maneira correta de preservá-las. Alguns setores, como Tecnologia da Informação, Marketing, Vendas, RH, Gestão e Finanças, por exemplo, já lidam com a automatização das suas operações há mais tempo e a migração para um ambiente cada vez mais digital acontece de maneira natural. Porém, para o chão de fábrica este ainda é um assunto novo, que gera dúvidas e inseguranças e, em muitos dos casos, atrasa a implementação de novos projetos. Porém, basta olhar o macro e perceber que a maioria das áreas da uma empresa já opera na nuvem para entender que as informações não ficam vulneráveis. O faturamento de uma corporação, o estoque das lojas, dados dos funcionários, são alguns dos exemplos de informações sigilosas e importantes que já podem ser acessadas de qualquer lugar sem que a insegurança seja um impeditivo. Durante nossas incursões por fábricas de todo o Brasil, um dos temores mais comuns é o vazamento de informações. Porém, ao analisarmos históricos de invasões em empresas de todo o mundo, fica claro que a maioria delas não partiu de hackers e sim dos próprios colaboradores. Segundo pesquisa do Gartner, divulgada em 2015, os usuários são responsáveis por 95% das falhas de cloud computing – e não a tecnologia. Um destes exemplos é o caso WikiLeaks, vazamento de informações da CIA que expôs muitos dados confidenciais dos Estados Unidos. O que os jornais noticiaram como uma invasão hacker, foi na verdade um ex-funcionário que facilitou o acesso à terceiros. No caso da indústria, na maior parte destes casos, o principal motivo para o vazamento de informações da nuvem pelos funcionários é o despreparo, falta de treinamento qualificado e problemas no processo operacional. Por isso que, quando falamos em segurança, é fundamental manter em total harmonia o tripé: pessoas, processos e tecnologia. Não basta que os processos e a tecnologia sejam efetivos se os usuários não estiverem cientes de como é importante proteger o ambiente corporativo. Quando olhamos para a indústria é fácil perceber a rapidez com que ela vem evoluindo. A chamada Internet Industrial tem um papel importantíssimo para o crescimento do País, principalmente ao que se refere à inovações tecnológicas efetivas e seguras. Os robôs adotados nas fábricas passam por constantes manutenções preventivas para garantir que não haja nenhum erro que os tornem vulneráveis, pelo contrário, eles são preparados para desenvolverem suas atividades em sintonia com as demais máquinas e pessoas, contribuindo – e muito! – para o desenvolvimento da nova economia. Tudo que é novidade gera buzz e é normal que as pessoas se sintam inseguras. Porém, com a minha experiência posso afirmar que se as companhias investirem em processos, seguirem os protocolos de segurança e trabalharem todas as pontas de uma planta fabril, a digitalização as tornarão mais competitivas não só frente aos concorrentes locais, mas também diante das empresas globais, que já avançam de forma mais rápida na disrupção das linhas de produção. Com a chegada definitiva da indústria 4.0 em todos os departamentos da indústria – desde TI, passando por Logística, à Produção – elas ganharão em competitividade e terão um rápido retorno financeiro. (*) É diretor de Desenvolvimento de Negócios da Pollux. |